quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Ceifador


Sombra que o som emana
Cicatriz na face do mundo
Treva que engole o tempo
Profecia do desencanto

Paixão derradeira da lua
Espectro noturno que caminha
Tola esperança de felicidade
Vento Noturno, alma sem carne
(Rodrigo Fernandes)
*Vento Noturno

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Realidade

A pupila espreita a suposta realidade.

Os discursos afirmam às pessoas, “verdades”.

Os desejos intensificam no espetáculo da imagem,

A pedagogia do símbolo, em longa metragem.


Uma vida construída pela construção

Das idéias, sonhos, desejos e sentimentos.

De fora pra dentro e de dentro pra fora

É que vivenciamos o mundo...


O “pastor de rebanhos” é pura metamorfose

Que paira com os movimentos do próprio “tempo”.

As angustias de dentro, refletirão sempre fora,

Gerando mudanças, invertendo o “vento”.


A vida é um teatro sem ensaios,

A mais intensa invenção.

E dessa toda falta de verdade,

O amor é a mais sensata ficção.

(Rodrigo Fernandes) 2009

segunda-feira, 9 de maio de 2011

A verdade sobre o sorriso

Nova musica que compus hj dia 09 05 2011


Cheio de sonhos adentrava a noite a fazer planos...

Não conseguia dormir. Nunca conseguiu dormir direito,

Pensava sobre a vida,epopéias e grandes feitos.

Até a alvorada os olhos fitavam as estrelas

Desde menino sonhava ser astronauta

Para voar aos céus e sentir-se livre

Porém o dia, trouxe as limitações do sonho

A correria da cidade matou os sonhos e aprisionou o homem

Aos 30 anos de idade já não sonhava apenas comprava

Escravo da rotina, não enxergava os muros invisíveis

Era mais um enquadrado que repetia o que diziam ser verdade

Esqueceu, acomodou, envelheceu e então morreu

Não fez nada do que realmente quis, ensinaram-no o que é ser feliz

Teve carros e mulheres dinheiro e sucesso, mas nunca voou

E no fim, antes de despir-se da carne, percebeu que não venceu

Não se vence o que não joga, e o jogo esta além do que a pupila aborda

Então aos 80 anos de idade voou...

Voou e voou .... e sorriu de verdade

E seu sorriso ainda arde

Naqueles que realmente observam o fim de tarde

quarta-feira, 30 de março de 2011

Universo-me ( minha experiência psicodélica na musica eletrônica


Filosofias sempre são belas

Quando escolhidas por um universo.

A noite paira energética...

Da mentira dos homens me liberto.


A van filosofia já não é real,

Os rituais não se repetem,

Hibrido é o despertar musical,

Entendê-lo poucos conseguem.


Para o ser pleno tudo é mistura,

Ao redor só existe massa disforme.

Já não vivo o cotidiano que tortura,

Estou livre na cósmica solidão do orbe.


Sentir o inominável atingindo sintonia perfeita.

No torpor dos movimentos, uma dádiva,

Uma reinvenção do tempo, um vôo de águia.

No sopro do vento a derradeira descoberta...

Rodrigo Fernandes - 2004

segunda-feira, 28 de março de 2011

A morte do sol

As noites de insônia sem fim,

Findam na morte do sol.

A poesia que escrevo, enfim,

Marcará a sentença ocidental.


Dinamismo de mascaras pútridas

Alimentadas em larvas de ouro,

Sucumbem ao brilho fosco

Existente no ouro de tolo.


Se ao meu irmão desejo a derrota

E do meu igual espero a inveja

Vencer na vida simples tragédia

Num mundo perdido e sem rota


Viver para sempre desejamos

Ideais das pessoas doentes

Se nem o planeta conservamos

Porque viver para sempre?


Homens orgulhosos de seu poder,

Chegam a lua, sonham e fazem chover.

O BOP sobe a favela e mata crianças

No cinema são heróis da esperança.


Riqueza e luxo para poucos,

Pobreza e lixo para os outros,

É esse mundo que a noite esconde

Mas na morte do sol, haverá o levante!

( Rodrigo Fernandes 2007)