Cicatriz na face do mundo
Treva que engole o tempo
Profecia do desencanto
Paixão derradeira da lua
Espectro noturno que caminha
Tola esperança de felicidade
Vento Noturno, alma sem carne
(Rodrigo Fernandes)
A pupila espreita a suposta realidade.
Os discursos afirmam às pessoas, “verdades”.
Os desejos intensificam no espetáculo da imagem,
A pedagogia do símbolo, em longa metragem.
Uma vida construída pela construção
Das idéias, sonhos, desejos e sentimentos.
De fora pra dentro e de dentro pra fora
É que vivenciamos o mundo...
O “pastor de rebanhos” é pura metamorfose
Que paira com os movimentos do próprio “tempo”.
As angustias de dentro, refletirão sempre fora,
Gerando mudanças, invertendo o “vento”.
A vida é um teatro sem ensaios,
A mais intensa invenção.
E dessa toda falta de verdade,
O amor é a mais sensata ficção.
(Rodrigo Fernandes) 2009
Nova musica que compus hj dia 09 05 2011
Cheio de sonhos adentrava a noite a fazer planos...
Não conseguia dormir. Nunca conseguiu dormir direito,
Pensava sobre a vida,epopéias e grandes feitos.
Até a alvorada os olhos fitavam as estrelas
Desde menino sonhava ser astronauta
Para voar aos céus e sentir-se livre
Porém o dia, trouxe as limitações do sonho
A correria da cidade matou os sonhos e aprisionou o homem
Aos 30 anos de idade já não sonhava apenas comprava
Escravo da rotina, não enxergava os muros invisíveis
Era mais um enquadrado que repetia o que diziam ser verdade
Esqueceu, acomodou, envelheceu e então morreu
Não fez nada do que realmente quis, ensinaram-no o que é ser feliz
Teve carros e mulheres dinheiro e sucesso, mas nunca voou
E no fim, antes de despir-se da carne, percebeu que não venceu
Não se vence o que não joga, e o jogo esta além do que a pupila aborda
Então aos 80 anos de idade voou...
Voou e voou .... e sorriu de verdade
E seu sorriso ainda arde
Naqueles que realmente observam o fim de tarde
Filosofias sempre são belas
Quando escolhidas por um universo.
A noite paira energética...
Da mentira dos homens me liberto.
A van filosofia já não é real,
Os rituais não se repetem,
Hibrido é o despertar musical,
Entendê-lo poucos conseguem.
Para o ser pleno tudo é mistura,
Ao redor só existe massa disforme.
Já não vivo o cotidiano que tortura,
Estou livre na cósmica solidão do orbe.
Sentir o inominável atingindo sintonia perfeita.
No torpor dos movimentos, uma dádiva,
Uma reinvenção do tempo, um vôo de águia.
No sopro do vento a derradeira descoberta...
Rodrigo Fernandes - 2004
As noites de insônia sem fim,
Findam na morte do sol.
A poesia que escrevo, enfim,
Marcará a sentença ocidental.
Dinamismo de mascaras pútridas
Alimentadas em larvas de ouro,
Sucumbem ao brilho fosco
Existente no ouro de tolo.
Se ao meu irmão desejo a derrota
E do meu igual espero a inveja
Vencer na vida simples tragédia
Num mundo perdido e sem rota
Viver para sempre desejamos
Ideais das pessoas doentes
Se nem o planeta conservamos
Porque viver para sempre?
Homens orgulhosos de seu poder,
Chegam a lua, sonham e fazem chover.
O BOP sobe a favela e mata crianças
No cinema são heróis da esperança.
Riqueza e luxo para poucos,
Pobreza e lixo para os outros,
É esse mundo que a noite esconde
Mas na morte do sol, haverá o levante!
( Rodrigo Fernandes 2007)